quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Só se ama com urgência. Só se ama como se numa ambulância, como se no último respiro, como se no último afago. Só se ama com urgência. Só se ama como se acabasse no segundo seguinte. E por isso o segundo, este, exactamente este, é o segundo... final. E amar só é, só tem de ser, uma sequência de segundos finais, uma interminável (mesmo que terminável) sucessão de segundos finais entre quem se ama. Amar é inseguro, amar é ciúme, amar é urgente. Amar – quando é amar - é-te tudo. E é tudo.

Pedro Chagas Freitas
in "EU SOU DEUS"

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