quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PODEMOS SER INFINITOS E O POEMA IMENSO


 Hoje resolvi falar da Lua, ou melhor, ontem a Lua resolveu falar comigo e, hoje eu resolvi contar os segredos que ela me contou. Eu também não acreditaria no que acabei de escrever se não tivesse sido... eu a escrever. E provavelmente não teria ouvido a Lua se não estivesse calada e, por tanto não sei como vos dizer que falei com ela, se eu ao falar não a ouviria. Sim! Quando estamos preocupados em falar, os ouvidos só nos dão ouvidos a nós. O que não é de estranhar, já que os ouvidos são nossos. É nisto que a escrita ganha pontos, se a Lua me tivesse escrito uma carta provavelmente seria mais fácil de percebê-la e, seria mais fácil provar a minha inocência. Ouvimos melhor as palavras que nos são escritas. Pelo o menos ouvimo-las sempre que quisermos.

Mas a Lua não se deu ao trabalho de me escrever uma carta. Alias, nem me acredito que a Lua saiba escrever. Mas ate ontem também não me acreditava que ela falava.

Se alguém optar por se distanciar, por se manter a observar, por andar as voltas e voltas sem resolver nada. Se alguém preferir apagar a luz e viver da luz dos outros. Se alguém decidir criar um mundo só dele, para mais ninguém chegar.

Cada vez que a lua desponta no auge da serra alta me mostra o quanto te amo.
E como você me faz falta.
Se eu soubesse cantar, cantaria o poder do luar que inspira o meu coração para sempre te amar e te amar.
Mas se a lua deixar de existir, eu não sei o que eu iria sentir.
Mas numa coisa você pode crer, jamais irei te esquecer

  (Marcelo Eloy de Andrade)
Foto de: patrick gonzales
 

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