domingo, 19 de janeiro de 2014

BARCO SEM RUMO



À tona da água
Escorre a noite descansada
Das tragédias que assaltam
O normal fluir
dum tempo sem meta
Dum dia frio sem noite
Que se abate sem se ouvir
...

À tona da água
Descem memórias do tempo
fugazes e tardias
E no meu regaço, azado
Recolho-as
Como se fossem...
Angústias do meu passado

À tona da água
Desliza um sorriso fresco
Que não sei de quem é
Alguém distraído
Que o deixou cair
E ficou a boiar...
No meu olhar embevecido

À tona da água navego sem rumo
Aguardando sinal do teu barco sem fumo

(paxiano)

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