Não sei dizer-te muita coisa…
sinto que há palavras que me tombam quando chegam à boca
como se a morte me espreitasse, como um destino inexorável
do qual não pudesse regressar
por isso as engulo sem saliva
ficando no silêncio mudo do meu corpo
esperando-te.
Outras fogem-me aos soluços como um lamento ou uma alegria breve
tão breve como a palavra
tão sentida como um beijo, uma caricia
aí desfaz-se a mudez e, por instantes, abre-se o sorriso
ao mundo.
Depois ainda as outras que me mantêm cativa…
essas escorregam-me pelo corpo como uma flor que se desfolha
quantas vezes consentida corola desnuda
perpetuando a nudez pelo universo do quarto
em crescente…
sinto que há palavras que me tombam quando chegam à boca
como se a morte me espreitasse, como um destino inexorável
do qual não pudesse regressar
por isso as engulo sem saliva
ficando no silêncio mudo do meu corpo
esperando-te.
Outras fogem-me aos soluços como um lamento ou uma alegria breve
tão breve como a palavra
tão sentida como um beijo, uma caricia
aí desfaz-se a mudez e, por instantes, abre-se o sorriso
ao mundo.
Depois ainda as outras que me mantêm cativa…
essas escorregam-me pelo corpo como uma flor que se desfolha
quantas vezes consentida corola desnuda
perpetuando a nudez pelo universo do quarto
em crescente…
Não sei dizer-te muita coisa
Na verdade, não sei se alguma vez te soube dizer alguma coisa em palavras
Na verdade, não sei se alguma vez te soube dizer alguma coisa em palavras
Ou se apenas as sentiste.
(Teresa Brinco de Oliveira)