sábado, 18 de janeiro de 2014

NADA DO QUE ERA TEU VOU DEVOLVER


língua sobre a pele o arrepio
os teus dedos nas escadas do meu corpo

as lâminas do amor o fogo a espuma...

a transbordar de ti na tua fuga

a palavra mordida entre lençóis
as cinzas de outro lume à cabeceira

da mesma esquina sempre o mesmo olhar:
nada do que era teu vou devolver

(Alice Vieira)

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