sexta-feira, 3 de janeiro de 2014


Pergunto a mim mesma o que faço acordada
(se estou sempre a sonhar)
O céu cala-se entre as nuvens d'alvorada
As estrelas insistem em chorar

São noites de solidão, ausente do teu olhar...

A lua é silêncio, ansiando a primavera
(adormeceu o triste inverno, fez da inocência a sua espera)

Porque vejo então, um jardim morar no deserto ?
Da rosa d'água nasce o perfume das areias do chão
Ah! se eu pudesse respirar-te sempre perto
O teu odor na terra, seria doce tentação

E de tanto procurar, parei de tentar alcançar
(adormece a rosa nesse tempo incerto por te amar)

Estás longe, no peito a saudade,
Ao canto da minha boca em dor
Distante, és-me amor

E só...choro com a chuva

Paula Oz

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