sábado, 18 de janeiro de 2014

A FORÇA DO VERSO


A mesma gravidade vincada
no rosto
O mesmo desespero de quem
sofre e ama...

O mesmo sofrimento de quem
grita e clama
De quem escreve, suplica,
ou morre na cama

A mesma força de quem arranca
um verso
De quem lavra e seca a página
Limpa o rosto secando a lágrima
O mesmo suor de quem chega
ao fim
Dum verso no reverso entendido
assim

Entretanto contrai-se o rosto
não sei se de dor se de prazer
Na página escorre um verso
para quem o quiser ler

No verso se encontra o tempo
Na conjugação o sopro do vento

(paxiano)

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