sábado, 18 de janeiro de 2014

amo.te



porque deixei de me amar
desconheço o inteiro
falta.me o infinito
não és bem deste mal...


és a condensação
dos enigmas por resolver
a vaporização
da terra, do sol e do mar

tenho a alma alagada
do ondular ruidoso
da tua voz tácita

as águas secaram.me
murmúrios da pele
minhas mãos são barcos
enclave da inércia

tua ausência nebulosa
é limo onde meus olhos
submergem de agonia

amo.te
Porque deixei de me amar

C.C.

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