sábado, 18 de janeiro de 2014

ETERNA DÚVIDA


Como fazer um caminho
já trilhado
Um viso do monte arredondado...

A linha que delimita a luz
da penumbra
E o espaço entre o bem e o mal
que nos foi confiado

Como sentir o amor como dádiva
Calor como aconchego delirante
Ternura como dado carinhoso
Se nossos corpos exauridos
no desalento
Se encontram tão ávidos mas distantes

Como sentir o latejar do coração
Se a tua luz está tão longe
Dum ser que pode não ser
Quando apenas somos sim e não

Há uma fuga breve para o infinito
Quando nem sabemos quem o tenha dito

(paxiano)
Fotografia de: Yannine

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