domingo, 23 de junho de 2013


Não, não é pecado
É paixão
É o desejo
Sim, um desejo
Há amor...

(Paula OZ)


Quisera eu ser flor
Sentava-me no colo do vento
e voava até ti...

(R.M.)
NÚ ( O corpo)


  Quando as pétalas se calam
a manhã se ensurdece
o orvalho seca
a brisa se dispersa no alvorecer
...
a vida omite-se no pranto
a aurora sussurra inerte
o tempo descompassado se rompe
o silêncio grita desesperado
o sorriso murcha nos horizontes
espinhos acariciam o corpo nu
folhas beijam
a língua solitária
Silencio-me e durmo
acompanhada à minha solidão


@.m@r
(Ana Maria Maria de Portugal)


E com as asas, que eu só vejo
Quero voar!

(Nádia Santos)

Não fossem as tardas horas
que se entrincheiram por entre as fendas
das minhas lembranças maltrapilhas...
eu ainda beijaria os lábios
dos fantasmas que abraçam minhas ilusões.

...
Mas já tardam as horas
e minha lucidez se despede
entre um gole e outro de vinho.

  (Lua)


Se te chego assim serena
é porque sei que meu corpo
cabe no contorno do teu...

(Cau Lanza)

E se eu fosse
o teu reflexo?
Olhavas
E em vez de ti,
vias-me a mim.
O meu sonho
...
Era espelhado
Em ti...

(José Adriano Carvalho)



Misturo-me ao céu, sou vento,
sou Mundo

(Nádia Santos)
Pintura de: Anna Bocek


Sou lua... profundamente tua e nada mais que a lua

(Paula OZ)

Savage Garden - To The Moon & Back (Extended Version)



As lágrimas são o limpa pára-brisas da alma. São elas, e só elas, que te permitem eliminar toda a porcaria que te ofusca a visão. E prosseguir o teu caminho. As lágrimas são a água a mais que tens dentro de ti. As lágrimas são a comprovação, fáctica, de que meteste água. Todas as lágrimas são úteis.”


( Pedro Chagas Freitas)
NUMA CASA DE FOGO E ESPIRITO


 Espero-te nos caminhos do vento,
Onde não há fronteiras delimitadas por feridas.
Espero-te, meu amor
...
Na casa de fogo, a transformar-te em espírito,
Porque ardem ternuras silabadas
Na lucidez das paredes de amor.

Os beijos acicatam como o espinho da rosa,
Vertem seu doloroso ardor na orla de intimidade.
E neste poema noctívago,
Movem-se estrelas fundidas na carne,
Presas de luz incandescentes.

Amo a frieza doce que se esconde no teu olhar,
Bebo-te com palavras que interiorizo
E celebro sobre os teus lábios,
A boca rubra iluminada dos amantes.

Desce a imaginação saudada das tuas mãos
Sobre o ventre emaranhado no idioma de sangue,
Amadurecem os frutos da constelação,
Pousa a regurgitação da consciência,
Penetrando no corpo que se entreabre de humidade,
Com falas decorrentes de felicidade,
Florindo no jardim do útero que se esbanjou de humildade.

Guardei as incidências de liberdade
Que desflorei com amor, pétala a pétala.
Odores esbanjando um perfume de sol...

(Joao Lopes)
OLHEI OS TEUS OLHOS


Olhei os teus olhos
E vislumbrei o fim do horizonte,
Beijei as pestanas de luz,
...
Permanentes no deslumbranentes do teu rosto.
Soprei... soprei a vértebra estrelar,
Com o fôlego das auroras.
Abraçaste-me rigorosamente,
Com o fascínio dos dedos, no piano da emoção,
A transformar o peito num teclado de chuva.
O sol irrompe de dentro do teu corpo
E ilumina-me o sangue,
Escaldando a massa total do coração.
Abraçaste-me... tocaste o vento,
A poeira biológica a transfundir-se musical,
A massa do beijo remexida nos seus suores.
E bebi a sede dos teus lábios,
Com a carne que incandesce nas estrelas,
A trajar o meu corpo.

(Joao Lopes)
ABRAÇA-ME


 Abraça-me, meu amor,
Quero ouvir os teus ventos interiores
Quero lavar-me de calor neste gelo introspectivo
...
Que derrete saltitante, até última estação do coração.
Degelar pacientemente o pensamento,
Demorar nos antros possíveis das palavras,
Modelar teu corpo em mim
E formar uma resplandecência efervescente,
Como amanhecer límpido das manhãs.
Meu amor estás nua... meu amor...
Trajas cor de céu e a cor do amanhecer solar.
Vem... quero ver nascer em ti,
A poderosa compleição de fogo.
Abraça-me... abraça-me instantaneamente
Com as vestes da tua pele.
O amor escreve permanente, como uma tinta
E resiste nos dedos, como um sol,
Dando à beleza desenhada a sua inconstância de fogo
Que lavra como uma sirene de sangue debaixo pele.
Dá-me a grandeza imediata das tuas mãos,
O perfume, o intervalo mudo palpável.
Dá-me belos horizontes de paixão,
Quando morremos um no outro.

(Joao Lope)

domingo, 9 de junho de 2013

TUDO É PAIXÃO




Assim me perguntaste,
assim te respondi:
tudo é paixão.
...

Como não lamber
da tua pele, o mel
que o desejo fabrica?

E como a minha boca
não recolher o néctar
da tua boca?

Ou como não sorver
das tuas mãos o pólen
da ternura?

E se, em vez de paixão,
for sexo apenas,
ou loucura?

Pode até não ser amor.
Mas, seja o que for,
não é pior.

(Joaquim Pessoa), in 'Ano Comum'


Gosto dessa definição: Abraço é o encontro de dois corações.

(Cazuza)
TODA EU SERIA AMOR!


  Se eu soubesse que uma carta apaixonada te libertava do mar que te apoquenta e te faz dor, escrever-te-ia sem pudor todos os meus desejos vagabundos e todos os meus quereres dos mais simples, aos mais profundos. Quereres que navegam no Mar da Tristeza dos teus olhos que obscurecem o dia. À noite roubam a luz das estrelas mas nunca iluminam os teus preconceitos nem os teus s...entimentos desprovidos de acalentos. Mar de ilusões feito de renda rota esburacada sem cor, calcinada em rosto cinza seco e frio perfurado pelos teus amores, roubando de mim um desafio sem rumo e sem testemunho

sempre que sonhares comigo perfuma-te com rosmaninho da montanha
deita-te na minha cama de paixões
e pulveriza-te de mim,

e enquanto não perecerem as flores das laranjeiras,
o céu continuará translúcido como pólen volátil
e o seu perfume inundará os corações

Procura-te
Encontra-te
Sobe a montanha e acena-me com a pena com que hei-de escrever-te

E se eu sonhar que uma carta apaixonada te tira desse Nada,
mergulho inteirinha no meu tinteiro de porcelana
e toda eu serei amor …

(Magá Figueiredo)
Dir. Reg. IGAC

YouTube Mix (lista de reprodução)


QUERO TUA NUDEZ



 Quero percorrer teu corpo,
Descobrir teus segredos,
Entrar em tua alma,
...
Sugar teu ventre, quente,
Ardente, com gosto e mulher.
Quero despertar teus sentidos,
Ouvir teu gemidos, delírios
Com carícias ousadas
De mãos atrevidas e sedentas.
Vestir tua nudez
Com um olhar tão carente
Que se faz inocente por tanto querer.
Quero me perder entre colchas
Ou na flor, entre as coxas
Sentindo o perfume
Como se fosse um queixume
Por querer se entregar.
Quero me deitar no cansaço
Do teu corpo desnudo, suado
Mas ainda ardente
Por não estar saciado.
Quero me confundir com teu jeito
Sem ter preconceito e rir do pudor
Perguntar pelo homem e pela mulher
Num amor que sem sexo
Por tanta fusão
Confundem: Concavo e convexo.
Ouvir ou dizer palavras obscenas
Mas com tanta ternura que a própria loucura
Em sã consciência se faz de razão.
Quero sentir teu olhar
Traduzir o desejo de me possuir
E tuas mãos em meu corpo correndo
Meus tantos segredos assim descobrir

(- José João da Cruz Filho -)



“É tão absurdo amá-la como é absurdo imaginar que pode haver vida sem a amar.
É absurdo. Sou absurdo. Estou absurdo. A toda a hora. Em todos os momentos. O que faço bem faço-o por ela e o que faço mal faço-o por ela. Se eu fiz foi porque ela me fez fazê-lo. Se eu o fiz foi porque ela mo fez. Não faço. Faço-a. Faço-me com ela. E não sei mais o que fazer.
Tenho de erguer a dor a amor.”


"In Sexus Veritas", de (Pedro Chagas Freitas)




“Nada ningueniza mais do que o amor. O amor faz uma lipoaspiração de personalidade em quem ama. Quem ama não é o que é – é o que o amor o deixa ser. O amor suga, consome, seca. Devora. Apaga. Para depois acender o que quer e quando quer.
...
O amor não é. O amor deixa ser.
O amor ningueniza. Torna todos os alguéns em ninguéns. Autómatos ao seu serviço. Vinte e quatro horas por dia ao seu serviço.
O amor robotiza.”


"In Sexus Veritas", de( Pedro Chagas Freitas)

GOODNIGHT MOON - SHIVAREE - LYRICS ♥♪ღ♪


FLOR DA BOCA



  És tentação permanente
à minha beira

Beijos rasos
...
à flor das bocas

Húmidas as duas
e as duas loucas
A do corpo mais que a da face
inteira

Inteiramente tuas
de maneira
que quando a tua língua
se incendeia

pega fogo ao desejo
e logo a chama
galgando em si própria
já se ateia

Trepando devastando
e só no topo
é grito e orgasmo
e é madeira

( Maria Teresa Horta)
PORQUE ME APETECE#26



O drama de amar é não haver sucedâneos.
E tudo o resto sabe a merda. Porque houve o teu abraço, porque existe o teu cheiro. Amei-te para sempre mesmo que já não te ame. Ficou em mim a tarde em que pela primeira vez o...
nosso corpo (o teu arfar a mostrar-me que língua se fala no céu, a tua boca a mostrar-me o tamanho de um beijo), e a partir daí fiquei órfão de um corpo sempre que não fosse o teu corpo. E quando chegou o dia da despedida eu soube que tinha chegado o dia de para sempre.
O drama de amar é não admitir a morte.
Há uma mulher a mais sempre que amo um corpo que não é o teu. E um homem a menos. Deito-me, aperto, espremo (o encaixe perfeito das tuas costas nos meus braços, o cheiro dos teus lábios no suor do meu pescoço). E até um orgasmo comprova a hipocrisia da carne. Despedi-me de orgasmos quando me despedi de ti. Já me deitei com tantas e é sempre o teu boa noite que me adormece.
O drama de amar é só criar réplicas.
Tudo o que amo és tu. Uma boca, uma pele, um sexo. Tudo o que amo és tu. E não há mais perfeito oximoro do que "amor novo". Só o teu amor é novo. E não existe sucessão quando se reina assim. Amar-te é uma monarquia fascista, uma ditadura dentro de mim. O que vem depois de ti só vem depois de ti. Sempre depois de ti. A toda a hora depois de ti. O que vem depois de ti só vem depois de mim, e onde eu estou ou estou sozinho à tua espera ou estou sozinho contigo. Se existe amor é porque existes tu.
O drama de amar é amar-te.

(Pedro Chagas Freitas)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

QUATRO ESTAÇÕES


  Nas águas eu vejo a tua imagem
No vento eu ouço a tua voz
Ao sol eu sinto as tuas carícias
Ao luar eu sinto a tentação do teu corpo
...
Numa só estação da minha vida
Eu vivo as quatro estações
De um amor Contigo….

Autor. A.C. 06 / 06 / 13

Dois destinos - Poema de amor


SOBRE O PEITORIL DA JANELA


 Escondes-te, toda nua, queres ver a rua movimentada

Mas não queres ser vista {ou será que queres?}
...

Sobre o peitoril da janela antiga, estás paralisada,

Contemplas o mundo, os homens, a agitação

Sobre o peitoril tu colocas a tua chaleira enfumaçada...

Pois acordaste querendo ser desejada {mulher solitária}

Sobre o peitoril da janela, estás aí, escondida e excitada,

Sonhando que alguém lá embaixo te tire daí, em breve.

(Fábio Pacheco)

TEUS LÁBIOS


NUDEZ QUE DANÇA



Com ritmo frenético ou mesmo sem ritmo algum,

O teu corpo dança, balança, requebra, encanta

...
Com coreografia ensaiada ou mesmo de improviso,

O teu corpo é balé, é xaxado, é maxixe, é salsa

Com a sensualidade exposta ou querendo ser “inocente”

O teu corpo é movimento, {é condimento}, é sentimento

Com piruetas fantásticas ou com leves balanços,

O teu corpo... hum... ah... é, acima de tudo, o teu corpo.

(Fábio Pacheco)

Prova-me


A FONTE INICIAL


No mênstruo das mulheres bebemos.
Da intranquilidade do sangue
À constante e primordial renovação.
...

No mais carnal o clarão imenso descobre.
A fonte inicial que absorve a velha mácula.

Sei que no ímpeto da fome os dentes rasgam
A dulcíssima fragrância da entrega.

Já não tenho tempo para várias mortes.
Mas tenho tempo para ouvir o canto dos melros
Sobre a delicada pele dos seios.

Magníficas magnólias que o sangue turvo as ilumina.

(Joaquim MONTEIRO)
2013-06-03
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Tinha o tempo
em que você sentia,
e sentir
era a forma mais sábia
de saber
...
e você nem sabia!



(Alice Ruiz)

Intimidades - Poesia




delicadamente
no meu colo te exponho
e miro a beleza
do teu corpo
perfeição plena
...
medo tenho de te possuir
pela fragilidade
que transpiras
cerras o olhar
e te entregas ao desconhecido
pois é esta a tua
primeira vez
renovo a contemplação
antes de te estender
sobre este tálamo feito
de folhas outonais

(jorge morais)
 TUAS MÃOS !...



 Rendo-me…
Aos limites da seda,
Vestida…
...
Rasgo lúbricos segredos.
Mãos vivas ,
Dedos mágicos,
Ninfa branca,
Dissipa medos.
Tocas o afeto
Amacias prazer,
Firmes, serenas.
Sou barco atracado,
Segurança em ondas
Acalmas-me o vento.
Respiração nua,
Dez compassos,
Acarinham a pele.
Enxugam lágrimas,
Gestos silenciosos,
Envolve meu corpo.
Conduz nossa dança,
Minhas, tuas…mãos nossas,
Momentos do nosso Amor.

(Céu Pina)

quarta-feira, 5 de junho de 2013


Quando se ama até as nuvens estão baixas demais
 
(Pedro Chagas Freitas)
PORQUE ME APETECE#21



 O maior dos problemas é o teu
abraço.

Havia, na noite (gatos vadios miavam no redor
...
da porta, todas as luas estavam juntas a observar
o que era viver) em que nos amámos
pela primeira vez, as peles virgens à espera do momento
absoluto, e nenhum sol poderia saber-se
de luz se entrasse no meio dos nossos braços. Tínhamos
em nós as certezas mais perenes
de um Homem, o afago transparente de todos
os cansaços. Tu gemias e eu sabia que era tempo
de continuar.

“Se não morreres mato-me”, dizias-me, na véspera
do orgasmo que os dedos pressentiam e as pernas
tremiam. Quantas vezes se pode morrer
quando se ama assim?
“Se não houvesse o teu corpo acreditaria
em Deus”, explicava-te, enquanto a mão
se perdia por onde só o eterno sabe
acabar. Todos os corpos estão por desflorar antes
de um amor assim.

E se algo merece erguer-se é o sexo
que nos percebe.

“Se formos menos do que isto
somos nada”, a queda das palavras no centro
do que te amei, apertar-te a mão para garantir
o segundo, para que os relevos das veias
saibam que existo. “Acabaste comigo no momento
em que me fizeste começar assim”, e a partir dali
todos os suores foram despedidas, como
se soubéssemos que havia tudo
menos espaço (a cama fechada com as nossas lágrimas
dentro: quantos metros exige um amor?)
para quem se precisa tão grande.

A única culpa é da curva
dos teus lábios.

Às vezes é na rua que me deito
para te beijar; e há ali, na pedra
suja, a verdade de nenhuma gente
me chegar. Se o céu existir
é o da tua boca.

E vale a pena morrer só para
um beijo assim.

(Pedro Chagas Freitas)


Nenhum silêncio me decifra
e no entanto todos se passeiam em mim
Incontornável silêncio esse
que tanto me desnuda
e tanto me cobre...!

são reis
030613


No prelúdio da noite exilo-me de mim, deixo meu corpo opaco estatuado na praça da cidade. Leve e nua percorro as calçadas onde todas as pedras que não sinto em meus pés são a leveza transmutada dos goles de amor que beberico em cada muro grafitado de saudade.
Fico contemplando o fascínio silencioso da noite, é nela que me embrulho diariamente e me acalmo dos frios constantes que me estremecem a al...
ma.

É na tua janela que meu olhar se retém… sei que posso entrar pelo estore que nunca fechas, mas há um sinal em meu peito que me diz que esse não é o caminho.
Poderia invadir-te pela janela sem me veres… sentar-me a teu lado e velar teu sono preocupado, afagar tuas insónias ou mesmo trautear uma canção de embalar que não escutaste enquanto criança.
Poderia entrar e concertar os sonhos que deixaste partir. Desenhá-los a traço fino com a tinta da minha pena e preencher todos os espaços em branco com óleos perfumados de amor.
Poderia ser concreta e sonho… se tu e [eu] me permitisse[s]!!!

Estática fico olhando tua cidade do lado de fora de mim. Calcorreio a avenida exausta, com o peso da lágrima na alma e volto à praça onde me enterro na estátua outrora acalentada por ti.

[Sou-me pirilampo desvairado em busca de sua seara de trigo.]

(C.C.)

SEGREDO



 Não contes do meu
vestido
que tiro pela cabeça

...
nem que corro os
cortinados
para uma sombra mais espessa

Deixa que feche o
anel
em redor do teu pescoço
com as minhas longas
pernas
e a sombra do meu poço

Não contes do meu
novelo
nem da roca de fiar

nem o que faço
com eles
a fim de te ouvir gritar

(Maria Teresa Horta)

Within Temptation - Forgiven (legendado)


SOU UMA MISTURA



Sou o que sou...
Uma mistura de menina mimada,
inocente para tudo o que faz doer...
...
Com um corpo de mulher madura,
de cabeça erguida,
sempre batalhadora
em busca do melhor caminho a seguir...
Tenho ainda, talvez;
uma costela de mulher idosa...
Já um pouco cansada,
mas que aprendeu
que a virtude principal
para vencer na vida;
vem da arte de conhecer a paciência,
fazer dela fiel companheira...
Pois é com a paciência
que encontra-mos na vida
o caminho que conduz à paz,
à justiça, à serenidade
e ao pleno amor!

(Rómy Pinto)
INTIMIDADES

 
Que ninguém hoje me diga nada.
Que ninguém venha abrir a minha mágoa,
esta dor sem nome
...
que eu desconheço donde vem
e o que me diz.
É mágoa.
Talvez seja um começo de amor.
Talvez, de novo, a dor e a euforia de ter vindo ao
[mundo.
Pode ser tudo isso, ou nada disso.
Mas não o afirmo.
As palavras viriam revelar-me tudo.
E eu prefiro esta angústia de não saber de quê.

(Fernando Namora)