terça-feira, 6 de agosto de 2013

OLHEI OS TEUS OLHOS


  Olhei os teus olhos
E vislumbrei o fim do horizonte.
Beijei as pestanas de luz,
...
Permanentes no deslumbramento do teu rosto.
Soprei... Soprei a vértebra estrelar
Com o fôlego renascido da aurora.
Abraçaste-me rigorosamente
Com o fascínio dos dedos, no piano da emoção
A transformar-me o peito num teclado de chuva.
O sol irrompe de dentro do teu corpo,
Movem-se as estrelas fundidas na carne
E iluminam-me o sangue,
Presas de luz incandescente,
Escaldando a massa total do coração.

Abraçaste-me... tocaste o vento.
A poeira biológica a transfundir-se musical
Neste vagar compulsivo de ternura.
Bebi a sede dos teus lábios
Com a carne que incandesce das estrelas,
A massa do beijo remexido de suores
A trajar o meu corpo.

(Joao Lopes)

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