sexta-feira, 16 de agosto de 2013


Enroscamo-nos na pele quente
De um cansaço feito mar ao entardecer
Nos contornos de um abraço...
Perdemo-nos náufragos
No embalo das palavras que soletram o nosso corpo
E descobrimos o tempo no olhar...

Delírio enfeitiçado dos beijos ávidos...insaciados…
Na pele aveludada
De carícias ondulantes
Volúpia nossa…profunda
Sob as estrelas húmidas
Delírio mudo de olhar errante
Entre sois e luas
E embriagados na quietude silenciosa de afagos
Entregamo-nos ao último grito da noite
Tempestade amansada… abraço fecundo
Sob um céu a tocar o dia…

(Rosa Fonseca), “Sentires”

Sem comentários:

Enviar um comentário