Embriago-me de ti como um pássaro
minúsculo, voando sobre o declive
de teus seios; perfeito o abismo do olhar
...
e da loucura, que dos flancos até ao ventre,
nascem-me dedos, no perfeito delírio da pele.
Sou uma abelha perdida nos eflúvios aromas,
suspensa no volátil pólen de teus olhos.
O barco que te navega anda à deriva, procurando
o farol, o caminho entre os destroços para o cais.
Sou pássaro, ave, raiz ardendo das nuvens,
tocando a terra no lado mais sensível do poema.
Lâmina, abrindo os pulsos de toda a urgência,
flecha de besteiro sitiado, rasgando a luz,
e atingindo o coração, onde as auroras se incendeiam.
(Joaquim MONTEIRO)
2012-10-23
minúsculo, voando sobre o declive
de teus seios; perfeito o abismo do olhar
...
e da loucura, que dos flancos até ao ventre,
nascem-me dedos, no perfeito delírio da pele.
Sou uma abelha perdida nos eflúvios aromas,
suspensa no volátil pólen de teus olhos.
O barco que te navega anda à deriva, procurando
o farol, o caminho entre os destroços para o cais.
Sou pássaro, ave, raiz ardendo das nuvens,
tocando a terra no lado mais sensível do poema.
Lâmina, abrindo os pulsos de toda a urgência,
flecha de besteiro sitiado, rasgando a luz,
e atingindo o coração, onde as auroras se incendeiam.
(Joaquim MONTEIRO)
2012-10-23
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