Dá-me a linha do horizonte,
A primeira chuva dourada do outono
A transbordar pelos teus olhos,
Onde se reconcilia recíproco calor...
Nas vestes que despimos de sangue.
Dá-me o organismo vivo das palavras,
Insinuadas sílabas, soletradas com paixão.
Dá-me as tuas mãos artísticas,
Modeladas pelo perfume da voz,
Sonoras partilhas construídas com ansiedade
Que acordam no corpo da madrugada,
Enquanto dobrados silêncios ardem em ti,
Com o frenesim muscular da aurora.
Dá-me o primeiro dia de outono
Que se acende virginal,
Com a figura nua das labaredas,
De permeio, a flor a desabrochar pelo canto compulsivo.
Dá-me o corpo ardente, murado por suores,
Cavalgado por monstros sedentos,
Entre o círculo efervescente do labirinto,
A balançar na espuma da onda,
Em que se emancipam todas as fronteiras do desejo,
Até desfalecer contrastante o ritmo cego do cérebro.
(Joao Vale Lopes) 21-08-2013Ver mais
A primeira chuva dourada do outono
A transbordar pelos teus olhos,
Onde se reconcilia recíproco calor...
Nas vestes que despimos de sangue.
Dá-me o organismo vivo das palavras,
Insinuadas sílabas, soletradas com paixão.
Dá-me as tuas mãos artísticas,
Modeladas pelo perfume da voz,
Sonoras partilhas construídas com ansiedade
Que acordam no corpo da madrugada,
Enquanto dobrados silêncios ardem em ti,
Com o frenesim muscular da aurora.
Dá-me o primeiro dia de outono
Que se acende virginal,
Com a figura nua das labaredas,
De permeio, a flor a desabrochar pelo canto compulsivo.
Dá-me o corpo ardente, murado por suores,
Cavalgado por monstros sedentos,
Entre o círculo efervescente do labirinto,
A balançar na espuma da onda,
Em que se emancipam todas as fronteiras do desejo,
Até desfalecer contrastante o ritmo cego do cérebro.
(Joao Vale Lopes) 21-08-2013Ver mais
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