segunda-feira, 30 de setembro de 2013

SEM RUMO


 Sem rumo
(como vento)
procuro as linhas
(in)acessíveis do teu rosto...
por instantes habito-o

secretamente
intensamente
ternamente

num desejo oculto
afago-me
encho a alma de ti
e mato toda(S) a (S) saudades (S)
num acto solitário e consentido
até ao fim

depois
abrigo-te
guardo-te
agasalho-te
na profundeza dos meus olhos
como escarcéu insistente

e
aqui
onde os cristais
e os rios de certeza
se vestem deste amor pleno
fui/serei
ave ou flor
nascendo em cada alvorecer teu
a cada primavera minha... meu amor

é no silêncio tardio
ou nas sombras (i)maturas do meu querer
que me encontro e te tenho... inevitável(mente) !

( mariAna)

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