quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ESTÃO VIVAS AS CORES


 Estão vivas as cores
No abstracto olhar
Pululam, dançam,...

Dilatam-se ao contraírem-se
Na intimidade da cor.

Plasmada absorção de mim.
Sangue misturado.

O forte odor da tinta apagando
Os últimos resquícios dum silêncio,
No azul metalizado de minha língua.
Derramando-se sobre o amarelo pastel
De tuas espáduas, expostas à embriaguez
De abstractos anjos.

Cores luminares penetrando-me a carne
Abrindo sulcos de linfa matizada
Com que na tela de teu corpo me derramo.

(Joaquim MONTEIRO)
2013-09-11
(© todos os direitos reservados)

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