quarta-feira, 18 de setembro de 2013

QUANDO A DÔR FALA


Há palavras que ferem como navalhas afiadas
Há sentidos que sangram dor de golpe mortal
Há alegrias anuladas por mágoas guardadas
Há vidas que sucumbem a essa arma fatal...


Há silêncios no rosto que falam mais alto
Há gritos nos olhos que nos calam a voz
Há sede que morre no céu azul cobalto
Há lágrimas nos lábios pintados por nós

Há um imenso retalho de agonia traçada
Há um manto de esperança por resgatar
Há um vestir negro no teu corpo de fada

Há tristeza n'um coração a espernear
Há o medo da criança em ti fechada
Há um crivo de dor bordado no olhar

(Luana Lua)

27/08/2013

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