SEM CABEÇA PARA PENSAR

Moça, eu te vi...
Linda em seu sobretudo negro...
Em suas botas sensuais...
Te chamei ao longe...
Assoviei...
Gritei seu nome...
Você não me ouviu e seguiu seu caminho...
Ai fiquei sem cabeça te procurando em Londres...
Perguntei para aquele velhinho parado na rua...

Ei senhor!!!

Você conhece aquela moça bonita que acabou de passar pelo senhor???

E ele!!! me respondeu "Wait"!!!

Não meu senhor...

Moça bonita...

E ele novamente... "Wait"...

Sai correndo pela Poland street...
Na esquina da oxford olhei para os lados...
Gritei teu nome...
Olhei para o céu...
Olhei novamente para os pedestres passando por mim...
Um lagrima escorreu de meus olhos...
Você ali tão perto...
E ao mesmo tão longe...
Não pude sentir teu perfume...
Nem mesmo roubar-te um beijo...
Também não pude dizer ao seu ouvido que...

Eu te amo...

Triste...

Voltei ao meu mundo...
O mar e a distância me separando de ti...

E eu...

Eu...

Sem cabeça para pensar em outra coisa a não ser...

Você ali passando tão pertinho de mim...

Da próxima vez roubo-te um beijo de cinema...

 

(Poeta Urbano - julho de 2010)