quarta-feira, 4 de setembro de 2013


Diz-me,
Se o meu olhar é aquele que te ama
Porque foges, sabendo a minha angústia?

Diz-me,...

Se me sentes, e em ti guardas o beijo das palavras
Porque choram as minhas lágrimas?

E as mágoas?
Se as ouves e não as derrotas?

É a dor, emoção, o receio de me condenar ou absolver?
[pensas tu, para me esquecer]

Quem, quem?
Quem entende o meu presente e ampara o meu passado
O coração sufocado, a saudade no peito cravado?

Estou cansada, amargurada, deste amor calado, sem grito
Da distância, do silêncio, da incoerência que faz sofrer
E se o nada é tudo, as estrelas serão veludo, onde me deito, o infinito
[ para não morrer]

E quando acordo, já o sol é escuridão e para ti, eu escrevo...

Perco-me sem destino, o coração é teu
[a alma chora que és meu]
Respira o perfume que aqui deixo, as rosas caem do céu

O poema com alento, não me mata, mas sustenta, alimenta-me
[e só tu saberás decifrar-me]

O amor, chamo-o pelo teu nome
O teu nome, a minha fome

(Paula Oz)

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