domingo, 9 de março de 2014

O OLHAR MADURO DA ONÇA


Não se escreve um poema de amor impunemente
No desvão da noite uma onça perpetua a sombra de fogo
sobre teu caminhar espaçado.
Há uma súplica com os devidos ais prudentes,...

A onça sabe onde derrama seus passos
Crava os dentes nesta carne que tem cheiro de batismo
o sangue suado de caça.
Que rara luz expressa teu corpo
A onça é aos poucos domesticável

Não se escreve um poema de amor inutilmente.

(Lilia Maia) - Poema do livro: As Maçãs de antes

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