terça-feira, 18 de março de 2014

ASSIM EU QUERIA O MEU ÚLTIMO POEMA



  Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem...
os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira - Libertinagem, 1930.

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