terça-feira, 18 de março de 2014

 
Deitada és uma ilha E raramente
surgem ilhas no mar tão alongadas
com tão prometedoras enseadas
um só bosque no meio florescente

promontórios a pique s de repente...

na luz gémeas madrugadas
o fulgor das colinas cortadas
o pásmo da planície adolescente

Deitada és uma ilha Que procuro
descobrindo- lhe as zonas mais sombrias
Mas nem sabes se grito por socorro

ou se te mostro só que me inebrias
Amiga amor amante amada eu morro
da vida que me dás todos os dias.

  (David Mourão-Ferreira)
 

Sem comentários:

Enviar um comentário