domingo, 16 de março de 2014

NOVO LAMPEJO


  A fragilidade dum tempo
Perde-se na sombra do caminho
Pela fustigante nortada
Tem a proteção divina...

Que brilha na noite escura
E no clarão da madrugada

Depois soltam-se os ventos
em remoinho
A tempestade se levanta
Soltam-se os laços e os efeitos
Soltam-se os abraços sem jeito
E um amor morno que não sabe…
estar sozinho

Já não temos o tempo que era nosso
Asas abertas de longo alcance
Temos ainda sonho das montanhas
Dum tempo gasto e tão inquieto
Envolto de brumas e manhas

Quando tudo parece perdido
no horizonte
do tempo
Regressa um lampejo de novo alento

  (paxiano)

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