quarta-feira, 30 de janeiro de 2013



Teu rosto, no meu rosto, descansado.
Meu corpo, no teu corpo, adormecido.
Bater asas, tão longe, noutro tempo,
Sem relógio nem espaço proíbido.
Oh, que atónitos olhos nos contemplam,
nos sorriem, nos dizem: sossegai!
Românticos amantes, viajantes eternos,
olham por nós na hora que se 
esvai! Que música de prados e de
fontes! Que riso de águas vem para
nos levar? Meu rosto, no teu rosto
de horizontes, no meu corpo,
no teu corpo, a flutuar.

(Carlos Godinho, A Fruta II...)

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