sábado, 19 de janeiro de 2013

NO SILÊNCIO DA NOITE



É no silêncio da noite que a gente
... Sente mais forte bater o coração
Torna-se, então, latente a nostalgia
Na alma adormecida, carente d’afeição
Lembrada de quem disse que nos queria
E o corpo revolta-se, irrequieto, quente.

É no silêncio da noite que a gente
Sente maior a dor do abandono
Tornada chama que cá dentro queima
Num corpo que não tem mais dono
P´la frigidez de quem não o reclama
Que aos poucos vai perdendo exaltação.

É no silêncio da noite que a gente
Mais acarinha a esperança da ventura
Que um dia nos foi grata à emoção
Quando em lençóis da cama de ternura
Perdíamos o tino e a razão
Apaixonados, naquele amor fremente.

(Eugénio de Sá)

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