quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A OUTRA MARGEM DE MIM



Haverá, sempre, na outra margem de mim, um barco
ancorado à tua espera e flores, anunciando a tua 
chegada.
Podes chegar de noite, com estrelas nos olhos e os pés
cansados da viagem...
Ou chegar de manhã, bem cedo, com a alvorada
tatuada na tua pele, doce... tão doce.
O importante é que regresses e que deixes na minha
(tua) boca, o sabor dos nossos corpos e as impressões
digitais das nossas almas.
Levantaremos âncora, depois da tempestade.
Não teremos nem rumo, nem direção.
Teremos apenas...
um mar ardente, onde nos deitaremos, exaustos e 
felizes de tanto navegar...

(Ana Fonseca da Luz)

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