segunda-feira, 4 de novembro de 2013

 
Todos os aeroportos se dissolvem em saudade.
Há um cheiro a fim e a começo em cada aeroporto, e o que parte nuns é colado noutros. E os estilhaços de um serão os estilhaços do outro, como se fossem os dois lados de uma barricada eterna, de...
uma barricada por terminar, de uma barricada sempre por terminar.
Nenhuma partida será a última.
Nenhuma chegada será a última.
Por todo o mundo há gente que chega e que parte, que abraça o abraço e desprega o abraço, que espera o abraço e desespera o abraço.
Por todo o mundo há gente sozinha.
Por todo o mundo há abraços sozinhos.

Se até sozinho te abraça: então é amor.”

(Pedro Chagas Freitas)


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