sábado, 23 de novembro de 2013


Deixa-me pensar que o azul
dos céus
Denuncia a cor dos naufrágios
A que ambos assistimos

Ao vai e vem das gaivotas...

Aos barcos que partem
com os ventos que ficam...
Na intemporal memória dos tempos

Depois balbuciamos palavras
sem sentido
Lembrando cheiros cortantes
no vaivém do destino
Dos que vão... pela ordem do sextante

Talvez os barcos regressem um dia
Garbosos...
Pelas mesmas águas a navegar

Talvez depois... alguns de nós
surpreendidos
Nos interroguemos com o nosso olhar

(paxiano)

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