domingo, 23 de junho de 2013

NUMA CASA DE FOGO E ESPIRITO


 Espero-te nos caminhos do vento,
Onde não há fronteiras delimitadas por feridas.
Espero-te, meu amor
...
Na casa de fogo, a transformar-te em espírito,
Porque ardem ternuras silabadas
Na lucidez das paredes de amor.

Os beijos acicatam como o espinho da rosa,
Vertem seu doloroso ardor na orla de intimidade.
E neste poema noctívago,
Movem-se estrelas fundidas na carne,
Presas de luz incandescentes.

Amo a frieza doce que se esconde no teu olhar,
Bebo-te com palavras que interiorizo
E celebro sobre os teus lábios,
A boca rubra iluminada dos amantes.

Desce a imaginação saudada das tuas mãos
Sobre o ventre emaranhado no idioma de sangue,
Amadurecem os frutos da constelação,
Pousa a regurgitação da consciência,
Penetrando no corpo que se entreabre de humidade,
Com falas decorrentes de felicidade,
Florindo no jardim do útero que se esbanjou de humildade.

Guardei as incidências de liberdade
Que desflorei com amor, pétala a pétala.
Odores esbanjando um perfume de sol...

(Joao Lopes)

Sem comentários:

Enviar um comentário