quinta-feira, 6 de junho de 2013

A FONTE INICIAL


No mênstruo das mulheres bebemos.
Da intranquilidade do sangue
À constante e primordial renovação.
...

No mais carnal o clarão imenso descobre.
A fonte inicial que absorve a velha mácula.

Sei que no ímpeto da fome os dentes rasgam
A dulcíssima fragrância da entrega.

Já não tenho tempo para várias mortes.
Mas tenho tempo para ouvir o canto dos melros
Sobre a delicada pele dos seios.

Magníficas magnólias que o sangue turvo as ilumina.

(Joaquim MONTEIRO)
2013-06-03
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