domingo, 23 de junho de 2013

NÚ ( O corpo)


  Quando as pétalas se calam
a manhã se ensurdece
o orvalho seca
a brisa se dispersa no alvorecer
...
a vida omite-se no pranto
a aurora sussurra inerte
o tempo descompassado se rompe
o silêncio grita desesperado
o sorriso murcha nos horizontes
espinhos acariciam o corpo nu
folhas beijam
a língua solitária
Silencio-me e durmo
acompanhada à minha solidão


@.m@r
(Ana Maria Maria de Portugal)

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