domingo, 30 de dezembro de 2012






Finita é esta lua,
Que me bebe a noite,
Teu rosto exposto,
É tela inacabada
Zelada na arca,
Acesa e cega
Pla luz do olhar,
Que me chove
Em cada manhã
De cinza pintada,

Debruço-me nos ramos,
Onde as rosas choram,
A tua partida é chegada,
Meus olhos guardam segredos,
Ardentes, fustigados pla brisa,
Grassando-me o fogo do corpo,

Onde estás?!
Não sei se estás… onde estarás
Embuçado, oculto e velado,

Na alma da noite te segredo,
Estás-me sempre…
No beijo sopro do vento!

(C.C.)

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