quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MAR, MEU REFÚGIO


Hoje o dia amanheceu nublado,
chove.
O mar está revolto, lastima-se.
Deito-me na areia, faço do mar minha cama.
Lentamente as águas abraçam-me,
abencoam-me...
Para de seguida vaguearem conturbadas
em meu corpo.
Meu coração bate apressado,
meus sonhos juntam-se ao lamento do mar,
Olho sua imensidão, tem espaço para ti. Chamo-te...
A voz perde-se no vazio,
de um grito que calo.
Deixo as lágrimas caírem livremente,
juntam-se numa perfeita combinação de gosto de
mar.
As águas lavam meus sonhos desfeitos,
deixando sómente a minha existência.
Abençoas-me...
Mar que me tocas com tuas mãos sagradas,
que meus pensamentos vagueiam em ti.
Silência-te...
Ouve-me,
preciso falar-te deste meu amor invísivel,
que só o meu coração vê.
Amor insano aos olhos do mundo.
Contigo falo em palavras feitas de silêncio...
Ouve-me.
Meu mar, refúgio do meu ser.
 
(Espírito Cintilante)

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