segunda-feira, 17 de setembro de 2012

DEIXA







...
Deixa que eu descubra
O inseguro tempo da seda
E o leve mel dos lábios

Passa as tuas mãos de abelha
Pela minha flor aberta
A todo o espanto consentido

Fala-me das tuas noites
Onde o silêncio é mais intenso
E o teu ventre mais cicia

Beijo-te onde o fogo nasce
E meus lábios ardem
Na fonte onde a água é mais viva

Deixa que minhas mãos te percorram
Até ao ponto onde o precipício
Se confunda com a sede do paraíso.

(Joaquim MONTEIRO)
 

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