INTERROGAÇÕES SEM RESPOSTA
Que procuras tu
...
que passas sem me ver?
que sentes tu
quando em noites perdidas
te passeias nas avenidas
de uma qualquer rua?
que pedes tu à lua
que lá do alto te olha
e ao rio que passa
sem escolta
silencioso e manso
quase à tua porta?
Que queres tu da vida
se não te bastares
a ti mesmo
e insistires colher a esmo
os corações alheios
esses a quem chamas queijos
e a quem roubas beijos
e descarnas a alma
que procuras tu?
Calma?
serenidade?
se nem a ti mesmo dizes a verdade
se nem de ti mesmo consegues ser quem és
como queres que os outros se joguem a teus pés?
Se da lua lhe queres o cerne
do rio quererás certamente a margem
das almas que colhes o pão
dos olhos a quem roubas a vista
aquele clarão
que te faz ver para além do impossivel
tudo o que é gratidão
tudo o que é perecível
que tratas com tamanho desdém
no fundo..tudo o que queres
e na verdade não tens...
o calor de um coração
um corpo amado e amante
roçando o teu
a lua sumindo adiante
mas deixando-te banhado em luz
e aquele peito arfando
que tudo te dando
e nada te pedindo te seduz
como jamais foste seduzido
e é aí que reside o perigo...
...nessa chama que arde e não vês
nessa palavra que lês
nesse sentimento em combustão
a quem negas a tua mão
nessa interrogação
da qual sabes a resposta
mas teimas te confrontar com a verdade....
que sentes tu
quando em noites perdidas
te passeias nas avenidas
de uma qualquer rua?
que pedes tu à lua
que lá do alto te olha
e ao rio que passa
sem escolta
silencioso e manso
quase à tua porta?
Que queres tu da vida
se não te bastares
a ti mesmo
e insistires colher a esmo
os corações alheios
esses a quem chamas queijos
e a quem roubas beijos
e descarnas a alma
que procuras tu?
Calma?
serenidade?
se nem a ti mesmo dizes a verdade
se nem de ti mesmo consegues ser quem és
como queres que os outros se joguem a teus pés?
Se da lua lhe queres o cerne
do rio quererás certamente a margem
das almas que colhes o pão
dos olhos a quem roubas a vista
aquele clarão
que te faz ver para além do impossivel
tudo o que é gratidão
tudo o que é perecível
que tratas com tamanho desdém
no fundo..tudo o que queres
e na verdade não tens...
o calor de um coração
um corpo amado e amante
roçando o teu
a lua sumindo adiante
mas deixando-te banhado em luz
e aquele peito arfando
que tudo te dando
e nada te pedindo te seduz
como jamais foste seduzido
e é aí que reside o perigo...
...nessa chama que arde e não vês
nessa palavra que lês
nesse sentimento em combustão
a quem negas a tua mão
nessa interrogação
da qual sabes a resposta
mas teimas te confrontar com a verdade....
(São Reis)
Sem comentários:
Enviar um comentário