segunda-feira, 19 de outubro de 2015


Quanta mulher no teu passado, quanta!
Mas que me importa?
Eu sou a manhã: apago estrelas!
Hás de ver-me, beijar-me em todas elas.
Mesmo na boca da que for mais linda!...
E quando a derradeira enfim vier,
Nesse corpo vibrante de mulher
Será o meu que hás de encontrar ainda.


(Florbela Espanca) - Portugal (1894-1930)

Arte de: Leonid Afremov

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