segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A FORÇA DA POESIA


Na leveza que se eleva 
e flutua 
Na delicada incerteza ...
da vida
Há um sopro que se liberta 
assim
Numa vertigem que se veste 
de temor
Num fulgor que se abeira do fim

Há um alento que aponta 
o sentido
Um caminho que espera 
por alguém
Uma estrela que brilha 
na frente
E no tempo de todo sempre 
Se ouve a voz de ninguém

É a voz que clama e porfia
No tom mais próximo do fim
Se dissolve e se envolve de poesia
Que se alastra e se aproxima de mim

Que êxtase é este que me envolve 
Dum perfume alado se dissolve

(paxiano)

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