domingo, 16 de fevereiro de 2014

PORTELA DE SAUDADES


  Eram rajadas de vento tumultuosas
Nuvens inquietas, ameaçadoras
Eram pedras de granizo
porosas...

Era o meu espanto na serra
No meio desta fragilidade
E a minha pequenez!...
No meio da tempestade

E as nuvens avançam, avançam
Por serras e montes além
Furiosas...
em delirante festim
Em sobressaltos perguntei
ao vento
Por que me seguia!
Mas ele ... riu-se de mim

Não sei do quadrante em que
me declino
Nem da rota em que
me encontro
Das nortadas quando
acontecem
Sei das saudades quando
aparecem
E do sabor amargo!...
Quando não se esquecem

Tudo isto se liberta e condensa
Num ser estranho que em tudo pensa

(paxiano)

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