domingo, 16 de fevereiro de 2014

ESTRANHA PRESENÇA

 
  Corres dentro de mim como um rio
Sem pressas nem vagares
Sejas tu água fluente
Flor de sal...

Com cheiro a maresia
Lembrança presente
Na luz do dia
Duma força ausente

Corres livre de forma fluente
sem atrito
Deslizas dentro de mim
como sempre
Mas só o aperto das margens
Trouxe ao de cima
Como um grito
O desejo de ser diferente

Corres dentro de mim como linfa
Misto de desejo e querer
Escondes-te no amanhecer
Com a força de outra ânsia
De outro viver
Que corre para o infinito
Numa manhã de outra infância

Mas és presença… sempre ausente

(paxiano)

Sem comentários:

Enviar um comentário