segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O SILÊNCIO


Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,...

quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.

(Eugénio de Andrade) - in Obscuro Domínio

Sem comentários:

Enviar um comentário