segunda-feira, 11 de agosto de 2014

ESPERO-TE NO TEMPO


Quando te espero no tempo
Sinto apenas saudade
e ausência
Antes da vida e depois ...

da permanência
Antes de tudo o que sois
Fica a memória da essência

És tu que fazes nascer os dias
As auroras
e as manhãs sem vento
O perfume das pétalas aladas
As folhas inertes caladas
Nas dobras profundas do tempo

És tu que dás cor aos meus dias
Quando a mente já entorpecida
Desce à terra empobrecida
Liberta a tua face do rubor
Que arde nas chamas d’amor

Depois sozinho neste lugar
Vejo a sombra no teu espaço
E na fronteira do invisível
Cai aroma de leve perfume
Na saudade que arde no lume

Somos apenas um pouco de alento
No caminho que te espero… no tempo

(paxiano)

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