segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O CUME VERTIGINOSO


Este céu que nos cobre
de graça
Esta terra que nos sustenta...

de nada
Este amor que nos alimenta
de afago
Esta vida onde tudo arde
e não se apaga

São as chamas dum fogo novo
Que aos poucos se incendeia
Onde se procura o sopro divino
Alimentado em cadeia
Numa turbulência em desatino

Tão instável quanto inquieta
Tão intensa quanto insegura
Tão agarrada quanto liberta
No rumo certo que se procura

Seiva que a custo se alimenta
Haste dum ramo quase seco
Ânsia que em tudo atormenta

(paxiano)

Sem comentários:

Enviar um comentário