segunda-feira, 9 de julho de 2012





 Soneto 1

 
Um espanto a tua boca entreaberta,
aveludada, doce, suplicante.
A minha língua sorve-a à descoberta.
Entreabres as pernas nesse instante

e outra boca se abre incendiada
onde perco os meus dedos a tremer.
Desço a boca até morder a luz molhada
por entre os teus gemidos de prazer

e beijo a alma no teu corpo
que se excita mais cada segundo
a cada movimento, a cada sorvo.

E o desejo entre nós é tão profundo
que penetrando em ti parece pouco
o tempo todo que já tem o mundo.
(Joaquim Pessoa)
 
In Sonetos Eróticos & Irónicos & Sarcásticos & Satíricos
...&Desamor & de Bem e de Maldizer

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