Digo do corpo
o corpo
e do meu corpo
digo do corpo
o sítio e os lugares
de feltro os seios
de lâminas os dentes
de seda as coxas
o dorso em seus vagares
Lazeres do corpo
os ombros
as lisuras o colo alto
a boca retomada
no fim das pernas
a porta da ternura
dentro dos lábios
o fim da madrugada
digo do corpo
o corpo
e do teu corpo
as ancas breves
ao gosto dos abraços
os olhos fundos
e as mãos ardentes
com que me prendes
em súbitos cansaços
Vício de um corpo
o teu
com seu veneno
que bebo e sugo
até ao mais amargo
ao mais cruel grau
do esgotamento
onde em silêncio
nado em cada espasmo
Digo do corpo
o corpo
o nosso corpo
digo do corpo
o gozo
do que faço
Digo do corpo
o uso
dos meus dias
a alegria do corpo
sem disfarce
o corpo
e do meu corpo
digo do corpo
o sítio e os lugares
de feltro os seios
de lâminas os dentes
de seda as coxas
o dorso em seus vagares
Lazeres do corpo
os ombros
as lisuras o colo alto
a boca retomada
no fim das pernas
a porta da ternura
dentro dos lábios
o fim da madrugada
digo do corpo
o corpo
e do teu corpo
as ancas breves
ao gosto dos abraços
os olhos fundos
e as mãos ardentes
com que me prendes
em súbitos cansaços
Vício de um corpo
o teu
com seu veneno
que bebo e sugo
até ao mais amargo
ao mais cruel grau
do esgotamento
onde em silêncio
nado em cada espasmo
Digo do corpo
o corpo
o nosso corpo
digo do corpo
o gozo
do que faço
Digo do corpo
o uso
dos meus dias
a alegria do corpo
sem disfarce
(Maria Teresa Horta)- in, "As Palavras do Corpo"
Qdo comecei a ler este poema, pensei logo que a autora fosse a M. Teresa Horta. O que um corpo pode ser e fazer!
ResponderEliminarSIMPLESMENTE FANTÁSTICO E APELATIVO!
Beijos e um abraço.
Tem razão, os poemas de M. Teresa Horta são inconfundíveis...
EliminarÉ verdade, um corpo pode ser e fazer...!
Beijinhos.