Balanço no impulso brando do divagar
Dou à lua que me ilumina o sonhar
Doce balançar este triste almejar
A vida enlaça, desenlaça, sem pudor
A melancólica utopia do amor
Encontro-me, desencontro-me
Nas marés que desenham o receio
Cogita a esperança na brandura do cume
E logo que clareia o dia
A tua boca à volta da minha, morna, sensual
O teu abraço cede ao teu, neste tempo de ser nada
Reencontro-me desfragmentada
Num areal povoado de gaivotas
Banhada pelo mar que me beija a boca.
(Cecília Vilas Boas) - In Marginálias: Poemas
Photography: Elena Vizerskaya
Photography: Elena Vizerskaya
Sem comentários:
Enviar um comentário