sexta-feira, 26 de setembro de 2014

UM QUALQUER OUTONO


Os dias vêm...
Os dias vão...
O orvalho cristalino cai na caruma,
chuvisca sobre a folhagem outonal,...

as azáleas, os lírios brancos.

O vento sopra em carícias
e no ar agitam-se folhas secas
em nostálgicos tons castanhos
que atropelam o gélido chão.

Nesta passagem pelo tempo
tudo me cheira a ti...
E perdido nos teus aromas
ganhas-me o céu e o horizonte
deste Outono esquecido
nos teus carinhos
que habitam em mim.

(António Carlos Santos)

  Poema do livro: da Geometria do Amor
Foto de: Vlademir Mayakovsky



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