sexta-feira, 9 de maio de 2014

COVA SAGRADA


Nunca será tarde nem cedo
Para voltar à tua cova
sagrada
Em noite vestida de escuro...

Ou na cauda da madrugada

Nunca será tarde nem cedo
Para ouvir a música
da chuva caída
Em ritmos cadenciados
Refúgio de melodia
Segredos vivos guardados

Nunca será tarde nem cedo
Para inalar odores da terra
molhada
Perfume inebriante
Tão sentido e vivido
Tão desejado, quanto distante

Será sempre um momento
terno e doce
Para te olhar, sentir e ver
Será sempre de emoção a crescer

Quando te sonho... te sinto e canto
E as lágrimas que deixo cair
Podem ser de alegria... ou de pranto

[paxiano]

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