sexta-feira, 13 de novembro de 2015


No meu poema ficaste
de pernas para
o ar
(mas também eu
já estive tantas vezes)...

Por entre versos vejo-te as mãos
no chão
do meu poema
e os pés tocando o título
(a haver quando eu
quiser)

Enquanto o meu desejo assim serás:
incómodo estatuto;
preciso de escrever-te
do avesso
para te amar em excesso


(Ana Luísa Amaral)

Photography: Ludovic Florent

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