quinta-feira, 24 de abril de 2014

LUZ INTERMITENTE



Há um longe que não alcanço
No desgaste do meu sentir
Não sou eu que me encontro
Nem sempre hábil e solto...

Mas quem me encontra a seguir

Nem sempre estou de pé firme
Nem sempre a ribeira me arrasta
Num lastro que se afirma
Mas quando ela se afasta
Sou apenas a árvore que se gasta

Este sentir que se desvanece
Despe-se do nada para sonhar
A pele vistosa que não vesti
Cabe-me apenas no que senti

Há um longe que fica tão perto
Da luz intermitente
Morada seguida no meu deserto

  (paxiano)

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