quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O ÚLTIMO POEMA



Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
 
(Manuel Bandeira)
 
Arte de: Patricia Leroux

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